O PORQUE DE ESCREVER
Quando me disponho a escrever, sinto estar habituada inicialmente a uma mixórdia de fantasias.
Preguiçosas palavras, por vezes, como os lentos sonhos de uma sesta,
outras vezes, agitados e insanos como delírios de um louco.
Alguns amargos períodos, que me arrasto até o teclado, e nessas horas, sinto que mereço o céu do intento terminado.
Uma ideia quando já escrita, quase que parece escravizada de forma material, pois já é irreversível a escravidão.
E se há fuga, sinto o som grilhões atormentando meus ouvidos.
A vaidade de quem escreve, não passa na verdade de um vertiginoso poço de insegurança;
No mergulho ao abismo, nada se interrompe até que chegue ao centro fumegante da Terra.
Do fundo do poço, não importa que milhões de pessoas digam que gostam, pois a incerteza do gosto do próximo leitor te moverá insanamente a criar o próximo, para que então agrade a todos, talvez até eu mesma.
Tenho impressão que, alguns os escritores, escrevam para tentar cicatrizar com palavras os impensáveis e insuportáveis silêncios.
O esforço de transcrever a individualidade e a miséria humana ou até mesmo sobre o sol que te aqueceu naquele dia que está partindo.
Pode até ser que a ânsia seja a tentativa de nos unir aos outros num todo, pelo sentimento que as palavras carregam.
O texto pronto se monta como um esqueleto que sustenta a carne gelatinosa e ténue dos sentimentos.
Quando a realidade teima em apodrecer os sonhos, a existência de um escritor naufraga.
Por isso, escrevo quando me dou o direito de reconstruir mais uma vez meu frágil suporte de carne.
Apenas escrevo ...
Para não esquecer o que sempre soube,
para não deixar que se feche a janela do mundo
e ter a liberdade de abrir um recanto da minha alma.
Preguiçosas palavras, por vezes, como os lentos sonhos de uma sesta,
outras vezes, agitados e insanos como delírios de um louco.
Alguns amargos períodos, que me arrasto até o teclado, e nessas horas, sinto que mereço o céu do intento terminado.
Uma ideia quando já escrita, quase que parece escravizada de forma material, pois já é irreversível a escravidão.
E se há fuga, sinto o som grilhões atormentando meus ouvidos.
A vaidade de quem escreve, não passa na verdade de um vertiginoso poço de insegurança;
No mergulho ao abismo, nada se interrompe até que chegue ao centro fumegante da Terra.
Do fundo do poço, não importa que milhões de pessoas digam que gostam, pois a incerteza do gosto do próximo leitor te moverá insanamente a criar o próximo, para que então agrade a todos, talvez até eu mesma.
Tenho impressão que, alguns os escritores, escrevam para tentar cicatrizar com palavras os impensáveis e insuportáveis silêncios.
O esforço de transcrever a individualidade e a miséria humana ou até mesmo sobre o sol que te aqueceu naquele dia que está partindo.
Pode até ser que a ânsia seja a tentativa de nos unir aos outros num todo, pelo sentimento que as palavras carregam.
O texto pronto se monta como um esqueleto que sustenta a carne gelatinosa e ténue dos sentimentos.
Quando a realidade teima em apodrecer os sonhos, a existência de um escritor naufraga.
Por isso, escrevo quando me dou o direito de reconstruir mais uma vez meu frágil suporte de carne.
Apenas escrevo ...
Para não esquecer o que sempre soube,
para não deixar que se feche a janela do mundo
e ter a liberdade de abrir um recanto da minha alma.
Eu apenas Leio.
ResponderExcluirPois ler é a minha melhor terapia.
E teus textos são ótimos, leves, suaves!!
Parabéns!!!
bjso no ♥
Amiga, tem brincadeirinha pra vc lá no Cartas.
ResponderExcluirEu adoro ler e escrever tbém, por isso fiquei um tempão me encorajando a escrever o blog. Primeiro, pq tem blogs (como o seu)que são um show, discorrem tão bem sobre vários assuntos, tem talento. Até que eu pensei: "olha, vou começar a escrever do meu jeito, se ninguém curtir, paciência, escrevo para mim mesmo,hehehe."
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