sexta-feira, 31 de julho de 2009


A POUCO EXPLORADA WEB 2.0


Blogs, redes sociais, jogos eletrônicos compartilhados e sites, como Wikipédia, YouTube e Google Earth chamados de Web 2.0 que estão sempre em fase de testes e introduzindo novas funções, mudou definitivamente a relação das pessoas com a internet. E como fazer para manter os padrões de tecnologia, design e usabilidade que dominaram boa parte desses canais a favor dos usuários e das empresas?
Quanto mais pessoas puderem ter acesso aos canais de conhecimento, melhor. Na verdade o que ainda falta são investimentos e sabedoria para facilitar o acesso e garantir a qualidade nos serviços.
"A tecnologia é neutra e permite muitas coisas. Você faz o que quiser. Mas não basta saber usá-la. É preciso ter uma proposta de mudança. Em alguma parte de nosso sistema, pode-se introduzir um ciclo novo. Um grupo de pessoas que modifica a lógica atual" - Carlos Nepomuceno, professor de MBA em Gestão do Conhecimento da Coppe/UFRJ.

Sendo a Web 2.0 indutora de conhecimento real e ao alcance de todos é necessário diminuir no Brasil as "ilhas" (concentração de banda larga em poucos lugares) e os "desertos" (falta de acesso a internet) já que podemos perceber francamente como isso funciona hoje, pois antes quando um jornalista publicava um artigo ele era estático, hoje é tão dinâmico que podemos além de comentar ainda enviamos nossos próprios artigos.

Em outro círculo observamos a compra de um bilhete de cinema online e o bilheteiro do cinema há de mudar seu papel significativamente e a mesma coisa acontece com o caixa do banco pois vai requerer maior habilitação em todos os âmbitos sociais.

A internet não é nada sozinha, ela pode ajudar se soubermos usá-la e é claro que só trará benefício a sociedade desde que a capacidade criativa de quem a usa seja uma perrogativa sempre.

E em que patamar o Brasil está hoje?

No patamar de grande insatisfação.
A instabilidade, velocidade baixa, cobertura insuficiente e interrupções repentinas, determinam este estado. Há hoje cerca de 22 milhões de insatisfeitos nos registros de reclamações pelos usuários do sistema nacional.

Há falta de fiscalização, porque a internet ainda é considerada serviço de valor adicionado e não de telecomunicações. A Anatel só pode punir se conseguir provar que o problema da velocidade ou da interrupção é no modem, já que a legislação só considera o serviço das operadores até o aparelho do cliente.

"Não existe uma entidade que regule ou supervisione a qualidade da banda larga. Os preços são excessivamente altos e a qualidade baixa, principalmente no que diz respeito ao atendimento e suporte. É comum encontrarmos funcionários despreparados para lidar com o consumidor. Muitos provedores fazem propagandas oferecendo uma dada taxa de transmissão quando não são capazes de entregar nem a metade do acordado sendo beneficiados por cláusulas contratuais que os consumidores costumam ignorar, na assinatura dos contratos" afirma Bruno Figueiredo.

Em estudos das Universidades de Oxford e de Oviedo, sob encomenda da Cisco, dentre 42 países pesquisados o Brasil ocupa o 38º lugar a frente somente de Chipre, México, China e Índia.
Na ponta dessa colocação encontram-se, EUA, Japão, Coréia e Suécia, onde as fibras óticas já chegam até a casa do usuário com velocidade superior a 100 Mbps.
O que nos coloca na rabeira desse "ranking" é a velocidade, enquanto a média mundial é de 13 Mbps no Brasil 90% apenas desfruta de 2Mbps.

Esta difrença se reflete direto para as máquinas dos usuários, que não conseguem fazer o uso adequado dos aplicativos que existem hoje, como vídeos online, bate-papo com vídeo e troca de arquivos.
Sendo assim restringe nosso acesso ideal a detrminados serviços.

O grande responsável mais uma vez é o Governo pois ainda falta investimento na área. Investidores estrangeiros alegam o grande índice de impostos e burocracia sobre o serviço. As reservas técnicas esperam em média 6 meses e daí alguns brasileiros hospedam sites no exterior para baratear custos.

Existe uma luz no "fim do túnel", pois o Comitê Gestor, em parceria com a Anatel, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e o Inmetro, realizará uma pesquisa inédita no país, para medir a velocidade das conexões. A idéia "plana" no fato de permitir que o usuário saiba a verdadeira velocidade de sua conexão, também identificará possíveis atrasos na entrega de aplicações, assim como instabilidades e interrupções no serviço.

Antes que o resultado da pesquisa seja divulgado, as operadoras serão notificadas para que deem respostas a sociedade. Depois dessa primeira fase, o objetivo é que a medição seja rotineira.

"Acreditamos que essas medições vão ajudar o mercado a tornar-se mais competitivo e a idéia é que isso se reflita no consumidor. Queremos que aquele que oferece o serviço fique mais preocupado com a sua qualidade. E não só da banda larga, mas do atendimento geral" conclui Milton Kaoru - Coordenador Técnico do PTTMetro.
(post concluso da Revista do Crea-RJ- junho/julho de 2009)

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" Interessante é ver o México na lista dos piores países junto com o Brasil. A TELMEX, é a dominadora das telecomunicações no México, e é a atual controladora da EMBRATEL no Brasil, conforme atual lei de telecomunicações brasileira. Muito mudou com a privatização dos serviços, porém as mudanças criaram uma demanda que as operadoras não estão suportando. As atuais controladoras dessas empresas, não investem o suficiente para atender esta demanda" informa e ajuda a concluir Claudio Reis - Engenheiro de Telecomunicações.

Ainda não dá pra alargar o sorriso, mas a esperança bate a nossa porta.


Um comentário:

  1. E nós, como vítimas de todos esses problemas em uma área pela qual somos apaixonadas, continuamos na torcida, né, amiga?
    Beijooo

    ResponderExcluir

Que bom que vc veio comentar! BJOKAS!

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